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14 de outubro de 2010

“O que aconteceu com o verdadeiro Linkin Park?"

Essa foi a pergunta que Janxrod, o crítico musical mais popular da atualidade, fez ao ouvir o novo CD do grupo canadense. Depois de três anos de silêncio, o lançamento de “A Thousand Suns” causou discórdia e recebeu a classificação desastrosa de uma estrela no ranking do iTunes. Fãs da antiga reclamam, mas há quem defenda o álbum. Segundo o vocalista Chester Bennington a mudança é parte da evolução.

Marcado por baladas e hits eletrônicos, “A Thousand Suns” se mostra muito diferente de Hybrid Theory e Meteora, discos que lançaram o sucesso do grupo. Os reefs rápidos e intensos um dia conhecidos como marcas da guitarra de Brad Delson foram substituídos por melodias calmas enquanto os gritos característicos de Chester dão lugar a um tom de voz mais tranqüilo.

A banda já havia experimentado mixagens, mas sempre seguindo a linha rock/hard core. Dessa vez eles desviaram completamente e se permitiram fazer um trabalho voltado para a música alternativa e eletrônica. O resultado foi um bom álbum, mas que não faz o tipo de muitos dos seus fãs. Há quem diga que a banda virou “coisa de emo”, mas os integrantes do Linkin Park afirmam que a mudança é parte inevitável da evolução. Discussões a parte, a verdade é que o show que prometia incendiar acabou acalmando os ânimos no festival SWU (Starts With You) evento em prol da sustentabilidade realizado neste feriado em Itu, São Paulo.

Mike Shinoda respondeu algumas críticas em seu blog e disse que o debate já era previsto: “Nós sabíamos que o lançamento do álbum seria incendiário, a nova direção seria bem acolhida por alguns, e resistida fervorosamente por outros”, disse o líder da banda. A reprovação dos fãs gerou discórdia e até mesmo xingamentos no site oficial da banda, comportamento duramente criticado por outros profissionais da área. Após dura repressão de seus companheiros, Mike pediu desculpas pelo estresse e disse que essa não é a mensagem que eles querem passar. Ele termina sua mensagem dizendo que o sucesso não é medido por vendas ou posições em rankings, mas “trata-se da conexão com uma base de fãs que dão a oportunidade para introduzir um novo som”.

Discussões sobre bandas que “se venderam para o pop” são eternas no mundo do rock. Todos começam com sons pesados e acabam mudando no caminho, afinal o sucesso nunca andou de acordo com a inércia. Parar em um estilo ou mudar poucas coisas de um lançamento para outro acaba com o poder criativo de uma banda e a encerra em um grupo restrito de fãs. Eles serão fiéis, mas também serão poucos e alguma hora ficarão enjoados de escutar sempre as mesmas coisas.

Os rapazes do Linkin Park fizeram bem em mudar de estilo, mas exageraram na dose. Agora é a hora de analisar a resposta do público e decidir que mudanças deram certo e quais devem ser abandonadas. Talvez no próximo álbum eles surpreenderão a todos novamente ou quem sabe voltarão a fazer aquele som pesado que os levou ao estrelato. Vai ver que passando por aqui eles aprendam o poder do velho ditado “em time que está ganhando não se meche”.
Quer sentir a diferença entre o novo som do LP e os mais antigos?
Taí o clipe do novo hit deles... com letra ;)



E aqui o clássico "A place for my head"

4 comentários:

Unknown disse...

Cara, se você parar para analisar as letras de Hybrid e do Meteora elas tem uma base bem emo - que na nossa época não tinha esse nome, mas é praticamente a mesma coisa- mas não me entenda mal. Eu era muito fã de LP, mas depois de meteora realmente eu perdi o interesse.

Unknown disse...

e é, realmente deixou de ser o bom de Linkin Park

Helena Borges disse...

Pois é... a lestras eram meio emos, mas como vc disse aquilo n era a onda da época como é agora, fora q a postura deles era bem diferente dessas bandas emo de hj. E o som é mais uma das coisas q difere. Agora eu nem acho q seja emo, mas tem gente que fala q é. Esse novo cd eu achei mais alternativo/eletrônico.

Unknown disse...

Segura então o novo album de 2017 kkkkkkkkkkk